
De bacante e sátiro tenho três dons. Mas antes de me vangloriar, é melhor que eu acompanhe a febre do desfecho.
Começando do fim preciso menos de adorno.
Paciência não me comove, por isso desliguei o telefone.
O seu braço, se alongasse no túnel de um caracol, enredaria meu pescoço. Não, isso não é amor. É só uma vontade simpática de morrer.
Claro, não contarei pra ninguém.
Principalmente neste dia, em que todo mundo é ninguém.
Agora uso cuspe só pra temperar as uvas.
Afinal, alguém ainda vai comê-las, assim, fermentadas, numa noite de maldade caprichada.
Começando do fim preciso menos de adorno.
Paciência não me comove, por isso desliguei o telefone.
O seu braço, se alongasse no túnel de um caracol, enredaria meu pescoço. Não, isso não é amor. É só uma vontade simpática de morrer.
Claro, não contarei pra ninguém.
Principalmente neste dia, em que todo mundo é ninguém.
Agora uso cuspe só pra temperar as uvas.
Afinal, alguém ainda vai comê-las, assim, fermentadas, numa noite de maldade caprichada.
8 comentários:
É urgente destruir certas palavras, é possível construir muralhas e é preciso sentir a força da amizade.
Beijo
Quais as pslavras que você acha que devem ser destruídas com urgência?
Que bom beber o vinho com vc!
tim-tim, Presença! e vamos aos ditirambos!...
Bel
eu só como uvas cuspidas.
j.
ei, bel! que bom que vc gostou do poema! acabou que ainda não vi a revista, acredita? estão dizendo que ela está legal demais, né?
e não sei se vc se lembra de mim, mas sou uma fã do que vc escreve.
beijo!
A tua última postagem foi lá em fevereiro... Meu Deus, você não morreu de verdade, né?
Há sete anos não há comentários por aqui...
izabel Xarru, gostaria de vê-la. em 1996 - em BH, na Diacomania (savassi), desatei o no de sua bolsa e ganhei um livro (Mar de Coral).
Saudades
Ternos abraços.
Márcio
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