terça-feira, 31 de março de 2009

Simpatia


De bacante e sátiro tenho três dons. Mas antes de me vangloriar, é melhor que eu acompanhe a febre do desfecho.
Começando do fim preciso menos de adorno.
Paciência não me comove, por isso desliguei o telefone.
O seu braço, se alongasse no túnel de um caracol, enredaria meu pescoço. Não, isso não é amor. É só uma vontade simpática de morrer.
Claro, não contarei pra ninguém.
Principalmente neste dia, em que todo mundo é ninguém.
Agora uso cuspe só pra temperar as uvas.
Afinal, alguém ainda vai comê-las, assim, fermentadas, numa noite de maldade caprichada.

8 comentários:

Unknown disse...

É urgente destruir certas palavras, é possível construir muralhas e é preciso sentir a força da amizade.

Beijo

Anônimo disse...

Quais as pslavras que você acha que devem ser destruídas com urgência?

Grazzi Yatña disse...

Que bom beber o vinho com vc!

Anônimo disse...

tim-tim, Presença! e vamos aos ditirambos!...

Bel

Anônimo disse...

eu só como uvas cuspidas.



j.

letícia disse...

ei, bel! que bom que vc gostou do poema! acabou que ainda não vi a revista, acredita? estão dizendo que ela está legal demais, né?

e não sei se vc se lembra de mim, mas sou uma fã do que vc escreve.

beijo!

Mariana Carpinejar disse...

A tua última postagem foi lá em fevereiro... Meu Deus, você não morreu de verdade, né?

Márcio Miranda disse...

Há sete anos não há comentários por aqui...
izabel Xarru, gostaria de vê-la. em 1996 - em BH, na Diacomania (savassi), desatei o no de sua bolsa e ganhei um livro (Mar de Coral).
Saudades
Ternos abraços.

Márcio