Ai.
Esbarraram nas costas do monte de Shizuan
e quebraram as pétalas das minhas esculturas.
Elas tinham, entre suas carnes, uma floração de nenúfares
capaz de desencaminhar os tais ensejos do Dragão.
Não eu, Elas.
Talvez, por isso, tivesse sobrevivido até aqui
(e de rasparem a quilha desses meus medos em uma vênula-coral
que não estanca pigmentos vermelhos).
Um olhar está todo quebrado
e tem ternuras só por vestígios.
Algum arqueólogo que salve seu pólen?
Algum insecto que doe a finura nas asas?
Ah, até a Moça da Torre, com seu perfume-sândalo e uma insônia infinita,
morava entre meus decalques. E tão recentemente que meu coração ainda a aninha nos versículos.
Nos anos 40, Cortázar, lá da América do sul,
desenhou um risco no céu, coisa de fogo.
Foi ligar pontos, içou a Moça num tal 2008, sem fagulhas no atrito.
(usou palavras que não se repetem, como nessas grutas da China).
Chegar perto Dela de carrinho de rolimã?
Passar pelas cerejeiras, caminhos leves, folhas secas, pés nus?
Perguntar do que gosta, decodificar seus mapas, como se possível?
Assim, vão orvalhado de florestas, ainda vive?
E voa?
Trovas de muito amor para um amado senhor
Há 14 anos