sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Água-Tinta


Há coisas de Klimt na minha carne.
Cem águas para demolir quinas
E uma amora sobre os invernos de brancura

Aqui o veado espera, como por lá, o som da água corrente
e ri com o que caminha, porque, às vezes, as flores estão.
Abre-se um trecho com a primavera inteira nas mãos,
mesmo em vidros coloridos, estilhaços.

O doloroso tornado liso na pele do átimo,
livre como piscar e tornar-se chuva.

A moça tem olhos pelo corpo,
e, dentro, um tiroteio,
uma bala encontrada,
um pirulito de maçã.

A fala que extrema o silêncio aqui,
um pouco mais fino para poder ouvir
a pétala inscrita no papel de arroz.

9 comentários:

Grazzi Yatña disse...

"Às vezes as flores estão"..por isso sorri aqui, ao encontrá-las.

Bjos.

Unknown disse...

Coisa mais linda esse tanto de Klimt em vc!
Beijo.

Luciana Marinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciana Marinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciana Marinho disse...

poema de infinitas entrelinhas.
rio de pouca margem.
só imagens belas:


"Cem águas para demolir quinas
E uma amora sobre os invernos de brancura"

"Aqui o veado espera, como por lá, o som da água corrente"

"A pétala inscrita no papel de arroz"


amei tudo por aqui!

Izabel Xarru disse...

quem será q excluiu os comentários? o autor sou eu, porra!
ou era o autor do comentário?

jorgeana braga disse...

de uma delicadeza minunciosa!

www.jorgeanabraga.zip.net

Liah in Casulo disse...

"A pétala inscrita no papel de arroz"...
De tanta sutileza, minha alma eleva-se....Sublimada!!!

beijos e magia.

Unknown disse...

kkkkkkkkk

Bel, o melhor comentário foi o seu. Esse:

"quem será q excluiu os comentários? o autor sou eu, porra!
ou era o autor do comentário?"

com caetano, digo...

ou não

Bom demais fazer novas visitas a esse desescritório de palavras.